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É do nascedouro da vida a grandeza.
É da sua natureza a fartura
a ploriferação
os cromossomiais encontros,
os brotos os processos caules,
os processos sementes
os processos troncos,
os processos flores,
são suas mais finas dores
As conseqüências cachos,
as conseqüências leite,
as conseqüências folhas
as conseqüências frutos,
são suas cores mais belas
É da substância do átomo
ser partível produtivo ativo e gerador
Tudo é no seu âmago e início,
patrício da riqueza, solstício da realeza
É da vocação da vida a beleza
e a nós cabe não diminuí-la, não roê-la
com nossos minúsculos gestos ratos
nossos fatos apinhados de pequenezas,
cabe a nós enchê-la,
cheio que é o seu princípio
Todo vazio é grávido desse benevolente risco
todo presente é guarnecido
do estado potencial de futuro
Peço ao ano-novo
aos deuses do calendário
aos orixás das transformações:
nos livrem do infértil da ninharia
nos protejam da vaidade burra
da vaidade "minha" desumana sozinha
Nos livrem da ânsia voraz
daquilo que ao nos aumentar
nos amesquinha.
A vida não tem ensaio
mas tem novas chances
Viva a burilação eterna, a possibilidade:
o esmeril dos dissabores!
Abaixo o estéril arrependimento
a duração inútil dos rancores
Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos:
a vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!
Amigos, compartilho minhas práticas ecológicas com a árvore do BARU.
A castanha dá pra comer e é muito deliciosa e nutritiva.
Veja no endereço seguinte, mais informações a respeito do baruzeiro.
http://www.slowfoodbrasil.com/content/view/106/60/
Ramon M Padilha
A imagem acima é uma foto que tirei em uma praça de Campo Grande. Fui até lá, junto com um amigo - o Mário Sérgio, para colher os frutos do baru. O Baru é uma árvore de porte grande e seus frutos caem ao chão nesta época. Ao balançar o fruto, se estiver bem seco, ouvimos o som de uma castanha dentro. É alimento principalmente do caititu - uma espécie de porco do mato. O caititu pensa que é dono da árvore e a árvore pensa que é dona do caititu, pois ele espalha as bagas após roer a polpa. E o homem... pensa que é dono da árvore e do caititu ! risos.
Montei a imagem acima com o objetivo de despertar para o que penso ser a missão do homem: cuidar, preservar, recompor, transformar cenários naturais caóticos (desequilibrados pela própria mão do homem) em cenários belos, equilibrados - onde a natureza possa se manifestar com toda a sua exuberância.
A mão verdadeira é aquela utilizada na prática do bem. A mão é para afagar, plantar, conservar, oferecer algo bom e virtuoso, semear boas sementes em solos férteis e bem preparados. O que importa são as boas realizações, os bons plantios que geram boas colheitas!
O que ando fazendo com a minha mão? É uma pergunta que faço pra mim mesmo, para o meu próprio exame.
Está sujeito alguns usarem sua mão, para decretar prejuízos aos outros, não só materiais, mas emocionais também! Para destruir amizades, para excluir as pessoas e alguns em nome do bem!!! risos.
Alguns metem a mão no erário público pois se sentem donos, patrões, "coronéis"... e com sua mão alteram orçamentos, assinam em baixo e carimbam com a força do seu anel!
Alguns usam a sua mão para retirar do caminho aqueles que incomodam...
Alguns usam a sua mão para matar pessoas, animais, plantas...
Alguns usam a sua mão para indicar quem deve ser sacrificado...
Alguns usam a sua mão para selar acordos feitos às escondidas!
A mão da ilustração é uma mão voltada para a preservação, para o cuidado com todo amor e carinho de plantinhas, que após semeadas, um dia já se tornaram árvores e que ainda continua ativa no processo de plantar mais árvores, para trazer sombra e frutos aos viventes, seja a fauna, a flora, o adensamento das matas que trazem tanto benefício às bacias hidrográficas dos diversos biomas - Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Floresta Amazônica, Pampas, Pantanal - ou até mesmo para refrescar com sua copa frondosa um belo quintal!
Nossas mãos foram feitas para a prática do bem. São cinco dedos!
Conservar as criações de Deus
Inspirar e instruir - através do exemplo, a prática do BEM
Nominar benefícios a todos os nossos irmãos
Captar amizades através do sincero aperto de mão
Orientar as gerações novas para um futuro melhor - alfabetização ecológica, exemplo de boa vivência e convivência!
A tua mão, a minha mão, as nossas mãos, cada uma delas - foram criadas para fazer o bem! Bom proveito!
Ramon M Padilha
Instituto Samaúma Ecologia e Desenvolvimento